terça-feira, julho 03, 2007

Poeta Anônimo

imagem: Sandman
Poeta Anônimo

O que me acalma
é que a pouco,
posso por um fim nisso tudo.
Desligar o som,
e apagar a luz.
Estragar a festa,
que comecei antes da hora.

Talvez fosse a vontade
de comemorar alguma vitória
inexistente na minha vida.
Mesmo que sozinho,
várias vezes quis sorrir;
para o espelho.

O reflexo tão fraco
do que sou.

Sem mentir para mim mesmo
nunca fui nada,
além de “sonhos”
[pesadelos]

No meio de noites sem fim
Só queria dormir para sempre

Em paz ...
Se soubesse o que é isso,
seria fácil pegar no sono.

Depois de ingerir veneno
pela manhã,
e cuspir sangue
o dia todo.

Ainda dói a garganta,
sem ter dito uma palavra.

- Estraguei tudo ...

Para o bem de todos
fui embora,
sem ser notado.

Marcos Caldo