sexta-feira, maio 19, 2006

Requiem para o Ideal


REQUIEM PARA O IDEAL


I

Busco na encruzilhada
a certeza utópica da realidade
traçada por mãos valentes,
que medo não tiveram
em bradar por sua liberdade.
Aventurados sejam os bravos paladinos,
destemidos em seus ideais,
seduzidos pelos prazeres da virtude.
Encontram na morte honrosa
o nascimento d’um eterno mito.

II

Vida eterna que será consagrada,
por lágrimas sinceras de amantes tórridas.
Derramadas sob túmulos de glória
ornados por rosas lascivas.
Objeto de desejo;
Espinho que fere,
faz escorrer o sangue imaculado
pela boca d’um invejoso.

III

Bebes tu,
também deste sagrado - Cálice.
Oh fiel pecador.
Não deves temer a derrota.
Um dia saberás,
que todos nós já perdemos.

IV

Acabo de lhe confessar um segredo,
mas esqueça tudo.
Siga em frente por si
...Só.
Confie apenas em teu egoísmo;
Orgulhe-se do seu orgulho,
e teu mérito será maior.

Marcos Caldo

2 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Adorei esta poesia. Tem um que de esperança, tem um amor escondido, sutil e sensível. Continue alucinando, continue sentindo e continue escrevendo.

7/13/2006 7:05 PM  
Anonymous Anônimo said...

Uma viagem...
Poucos teriam essa sensibilidade...esse dom...
Aprimore-o...apesar de achar que se melhorar vc será parte integrante de um possível universo paralelo...

Bjos

10/10/2008 10:48 PM  

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