Pena dos meus Dias
imagem: artista desconhecido (infelizmente...)

Pena dos meus dias
Agradeço a tinta da minha pena
Os borrões a as linhas infinitas
Do tempo que tracei distraído
Quando apenas imaginava o que seria
Do rascunho dos meus dias
Foram tantas páginas em vão
Outras que rasguei antes do fim
Palavras perdidas que me descrevem
E que nunca foram ditas
Talvez eu seja aquele livro
Maldito nas mobílias em desuso
Algum tipo de “língua morta”
Numa boca calada por si só.
Apanhei nos campos de centeio
O que não pudi carregar
Durante esses 100 anos de solidão
Por mais leviano que seja
A insustentável leveza do meu ser
Muita coisa ficou para trás
No covarde limite consciente
Dos planos não realizados
Descrevi em cinematecas abandonadas
A cegueira vertiginosa dos animais
Domesticados nas fileiras cotidianas
Desfrutando de iguarias momentâneas
Indigestas sobre a mesa derradeira
Sinto o terror das mãos entrelaçadas
Unidas pelo eterno fracasso virtuoso
Emergentes sociais do naufrágio
Não se lembram da tragédia
E tentam afundar seu passado
Antes que a maré impiedosa
Resgate toda lembrança constrangedora
Dos nossos dias menos afortunados
Onde foram esconder tanta mentira?
Pena que a minha tinta
dessas horas já acabou...
Marcos Caldo

Pena dos meus dias
Agradeço a tinta da minha pena
Os borrões a as linhas infinitas
Do tempo que tracei distraído
Quando apenas imaginava o que seria
Do rascunho dos meus dias
Foram tantas páginas em vão
Outras que rasguei antes do fim
Palavras perdidas que me descrevem
E que nunca foram ditas
Talvez eu seja aquele livro
Maldito nas mobílias em desuso
Algum tipo de “língua morta”
Numa boca calada por si só.
Apanhei nos campos de centeio
O que não pudi carregar
Durante esses 100 anos de solidão
Por mais leviano que seja
A insustentável leveza do meu ser
Muita coisa ficou para trás
No covarde limite consciente
Dos planos não realizados
Descrevi em cinematecas abandonadas
A cegueira vertiginosa dos animais
Domesticados nas fileiras cotidianas
Desfrutando de iguarias momentâneas
Indigestas sobre a mesa derradeira
Sinto o terror das mãos entrelaçadas
Unidas pelo eterno fracasso virtuoso
Emergentes sociais do naufrágio
Não se lembram da tragédia
E tentam afundar seu passado
Antes que a maré impiedosa
Resgate toda lembrança constrangedora
Dos nossos dias menos afortunados
Onde foram esconder tanta mentira?
Pena que a minha tinta
dessas horas já acabou...
Marcos Caldo
1 Comments:
Texto auto-biográfico ou apenas ficção boêmia dos teus olhos angustiados? rs
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