Cia. da Noite

Cia. da Noite
Grande...o bar vai fechar
daqui a cinco minutos;
Às pressas tomo a minha cerveja
como se fosse água.
O pior não é isso,
não tenho para onde ir;
Se ao menos pudesse
passar a noite aqui
escrevendo...
Mas quer saber;
- Que se foda!
Acabei de lembrar,
uma “puta” amiga minha
tem um apartamento,
estou mesmo a caminho do centro.
Caminhando sem cair, nessa passada,
chego lá em meia-hora;
De mãos vazias...
Não vai ser muito conveniente,
verifico nos bolsos da calça,
ainda me restam uns trocados,
vou comprar um maço de Derby
e umas balas de menta.
Ela gosta...
de chupar enquanto fuma.
Sem borrar o baton,
enxuga os lábios com a língua,
pedindo sem demonstrar vontade.
Algum carinho que a faça esquecer,
de quando nos conhecemos na rua.
Estava assim...sentada naquela sarjeta
de perna aberta na minha frente.
- Seminua -
Melhor agora... jogada na cama,
que nem carta marcada de baralho
sem valor na minha mão.
Descartada ao monte várias vezes,
fui também e sei como é isso,
a gente aprende com o tempo.
Lidamos melhor com a situação
[em desvantagem]
Não sentimos nada um pelo outro
e nos amamos assim de “verdade”,
por pouco tempo...quem sabe?
O suficiente talvez para pegar no sono.
Essa noite só queremos esquecer,
eu acho, o que somos não importa.
Se estamos juntos por necessidade,
ou não, hoje nos completamos,
antes de fechar os olhos,
nos beijamos... pela última vez.
Marcos Caldo
p.s.: um brinde ao Monkey Red Label...salve salve irmão!
3 Comments:
- Seu cão vadio...!
bjs, Maitê Flores.
Ela gosta...
de chupar enquanto fuma.
Caraaaaaaaaalhooooo :D
Vejo aqui elementos suficientes para a construção de uma narrativa ficcional de grande potencial.
Um abraço.
Postar um comentário
<< Home